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Aborto de Repetição: o que é e quais as principais causas?

29/06/2020 by Dra. Luma Mattos

Ao longo da vida da mulher, infelizmente, ocorrer um aborto é uma situação muito comum. O aborto espontâneo acontece em aproximadamente 15 a 25% das gestações. Já o aborto de repetição ou as perdas gestacionais recorrentes acometem cerca de 0,5 a 2% das mulheres.

O abortamento está associado a sofrimento e a impacto na qualidade de vida das mulheres e de seus parceiros. Assim, é importante uma criteriosa investigação das possíveis causas do aborto de repetição, para que se necessário seja realizado o tratamento adequado, com o objetivo de evitar novas perdas gestacionais.

Investigação e causas do aborto de repetição ou aborto recorrente

O termo aborto de repetição ou aborto recorrente é tradicionalmente usado quando ocorrem três ou mais perdas gestacionais com menos de 22 semanas ou com peso fetal menor que 500g.

A partir de duas perdas deve ser realizada uma criteriosa investigação do casal. Com isso, o nosso objetivo é identificar as possíveis causas para o abortamento e realizar tratamento quando necessário, já que a probabilidade da ocorrência de novo aborto estar aumentado a partir de duas perdas, e também tendo em vista as repercussões emocionais.

É importante lembrar que, em aproximadamente 50% dos casos, não encontramos uma causa identificável para o aborto recorrente. No entanto, é relevante ressaltar que o tabagismo, consumo de álcool, café em excesso e obesidade, por exemplo, são fatores de risco para abortamento, ou seja, são fatores com efeitos negativos nas chances de manter uma gravidez com sucesso.  

A idade da mulher também influencia no risco de perda gestacional. Mulheres em torno de 30 anos apresentam 20% de risco, com 40 anos sobe para 40%, e aos 45 anos, chega a 80%, isso está relacionado principalmente com a baixa qualidade dos óvulos com o avançar da idade.

Quais as principais causas?

  1. Alterações genéticas
  2. Alterações anatômicas (Problemas no útero)
  3. Trombofilias
  4. Causas hormonais ou metabólicas   
  5. Infecções
  6. Dentre outras

1) Causas Genéticas

A maioria dos casos de abortos isolados resultam de causas genéticas altamente influenciadas pela idade materna. De todos os óvulos que uma mulher produz cerca de 40% apresentaram alteração cromossômica, e na maioria dos casos essas alterações ocorrem acima dos 35 anos.

E quando falamos em aborto de repetição, essas causas genéticas devem sempre ser avaliadas e os tratamentos apropriados devem ser considerados.  

O exame genético que solicitamos de rotina para o casal com esse quadro de aborto recorrente é o cariótipo com banda G. Nessa investigação, as alterações no cariótipo do casal estão presentes em cerca 7% dos casos.

No entanto, quando realizamos a análise genética do material do aborto (estudo genético por biologia molecular ou cariótipo do embrião/feto), aproximadamente 60% são de causa cromossômica. E esse número aumenta conforme a idade.

Para o desenvolvimento normal do embrião, suas células devem possuir 46 cromossomos com todos os genes. Algumas gestações evoluem em abortamento pois os embriões tem cromossomos a mais ou a menos, ou seja, são geneticamente alterados.

– Por exemplo: Quando ocorre um abortamento em uma mulher com 44 anos de idade, quase 85% dessas ocorrências é resultado de uma aneuploidia – alterações cromossômicas no cariótipo do feto.

Assim, a partir da segunda perda gestacional é importante identificar a causa desse abortamento, sendo aconselhável solicitar o cariótipo ou exame genético do material do aborto, para o planejamento futuro de uma nova gestação.

O aconselhamento genético está indicado se houver alterações no cariótipo do casal, de um ou dos dois. A conduta proposta nesses casos é a realização de Fertilização in vitro (FIV) com biópsia do embrião para diagnóstico pré-implantação, ou seja, a realização de análise genética dos embriões do casal, formados a partir da FIV, antes de colocá-los no útero.

2) Alterações no útero

O útero é o órgão responsável por fixar e acomodar o embrião que se desenvolve até o nascimento do bebê. As alterações ou deformações na cavidade uterina atrapalham a implantação do embrião e o desenvolvimento da gestação, podendo ser causa para o aborto de repetição.

Nesses casos de abortos recorrentes, em média 12% são causados por alterações anatômicas uterinas.

A partir de uma história clínica detalhada, com ênfase nos antecedentes ginecológicos/ obstétricos e exame físico é possível definir os exames complementares a serem solicitados. Nesses casos, são indispensáveis a realização da ultrassonografia pélvica transvaginal (1° exame de imagem a ser solicitado) e a histeroscopia diagnóstica.  A seguir, se necessário, a ultrassonografia 3D ou a ressonância nuclear magnética.  

São alguns exemplos de alterações uterinas que podem estar relacionados ao aborto de repetição: útero septado, útero bicorno (bicorporal com colo normal), miomas submucosos, pólipos endometriais, aderências uterinas, incompetência istmocervical, dentre outros.

3) Trombofilias

As trombofilias são doenças associadas à alteração da coagulação do sangue. Elas podem ser adquiridas (desenvolvidas ao longo da vida) ou hereditárias.

A trombofilia adquirida que está associada a maior risco de abortamento é a Síndrome do anticorpo antifosfolípedes (SAAF), sendo responsável por cerca 15% dos casos de aborto de repetição. Veja no próximo tópico, mais detalhes a SAAF.  

Síndrome do anticorpo antifosfolípedes (SAAF)

A SAAF é uma trombofilia adquirida, caracterizada pela presença de anticorpos antifosfolípedes que interferem na coagulação sanguínea, aumentando a predisposição a trombose e/ou complicações durante a gravidez. Pode haver a formação de microtrombos na área de contato do embrião no útero, levando ao abortamento.

O diagnóstico da SAAF se baseia na presença de critérios clínicos e laboratoriais, que serão listados abaixo. É necessário a presença de 1 critério clínico e 1 critério laboratorial para a confirmação desse diagnóstico. 

Critérios clínicos (presença de 1 deles)

  • Ocorrência de trombose (arterial, venosa ou de pequenos vasos);
  • Intercorrência obstétrica, como por exemplo: óbito fetal, pré-eclâmpsia, restrição do crescimento intrauterino ou aborto de repetição.

Quais são os critérios laboratoriais?

Presença dos autoanticorpos (pelo menos 1 dos 3 listados): 

  • Anticorpo anticardiolipina;
  • Anticoagulante lúpico;
  • Anti-beta 2 glicoproteína 1.

Os exames laboratoriais devem ser feitos fora da gestação e se positivo repetir com intervalo mínimo de 12 semanas para confirmação.

Se for confirmado o diagnóstico da SAAF, o tratamento proposto consiste na associação ácido acetilsalicílico (AAS- 100mg/dia) e heparina de baixo peso molecular na dose profilática.

Em geral, AAS deverá ser mantido até 36 semanas de idade gestacional, e a heparina é retirada 24 horas antes de o parto ser realizado, retornando o seu uso durante o puerpério.

Trombofilias hereditárias

Não há estudos definitivos que comprovem a associação do aborto recorrente e tromboflias hereditárias (fator V de Leiden, mutações do gene da protrombina, deficiências de proteína C, proteína S e antitrombina III, hiper- homocisteinemia).

É indicado a pesquisa de trombofilias hereditárias para casos de aborto de repetição quando houver história pessoal ou familiar de trombose ou quando não foi encontrado outro fator causal.

4- Causas hormonais

As alterações hormonais são identificadas em cerca de 10% a 15% das mulheres com aborto de repetição, as principais delas são os distúrbios da tireoide.

A investigação, tem o objetivo de identificar as alterações hormonais que estão associados a perdas gestacionais e inclui exames como, hormônio tireoestimulante (TSH), glicemia de jejum, hemoglobina glicosilada, dosagem de prolactina.

Os distúrbios tireoidianos, hipotireoidismo e hipertireoidismo, se não tratados de forma adequada estão associadas a maior frequência de abortamento, e outras intercorrências obstétricas como, prematuridade, baixo peso ano nascer, óbito fetal, complicações hipertensivas, dentre outras.

A intolerância à glicose ou pré-diabetes deve ser corrigida antes da gravidez, pois está associada a maiores chances de abortamento e malformações fetais.

Níveis elevados de prolactina podem se relacionar a perdas fetais. Dessa forma, na presença na de sinais e sintomas clínicos sugestivos de hiperprolactinemia é obrigatória a dosagem de prolactina.    

5- Infecções

Estima-se que a taxa de abortos isolados devido a infecções varie entre 10 a 15%. No entanto, a associação entre infecções e o aborto de repetição permanece controversa.

As infecções que podem ser associadas as perdas fetais são: sífilis, toxoplasmose, infecções genitais causadas por Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae, Mycoplasma hominis, Ureaplasma urealyticum; infecções por citomegalovírus, dentre outras. 

As pacientes com aborto recorrente devem ser cuidadosamente avaliadas, deve ser realizado exame físico e laboratorial para excluir infecções. Deve ser realizado as sorologias. E recomenda-se também a bacterioscopia do conteúdo vaginal e pesquisa específica de agentes como Chlamydia.  

Os abortamentos de repetição causam bastante angústia e apreensão aos casais. Há necessidade de ter uma equipe que passe segurança à mulher e ao seu parceiro, que mostre as dificuldades desse quadro e os acompanhe muito de perto. E é muito importante dizer que, mesmo após três abortos, a chance de uma nova gravidez ter sucesso é de cerca de 70%.   

Por isso, é importante seguir as recomendações médicas para que se tenha as melhores chances possíveis. Se você precisa de acompanhamento ou deseja fazer uma avaliação, agende uma consulta.


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