Menopausa e climatério: O que você precisa saber
As mulheres estão cada vez vivendo mais e com melhor qualidade de vida. E consequentemente, elas estão cuidando mais do seu corpo, da sua saúde mental e da sua sexualidade.
É interessante que a mulher saiba diferenciar o que é menopausa e o que é climatério. Além disso, saber como enfrentar as mudanças de forma saudável e segura. A menopausa é a parada da menstruação. Já o climatério é a fase da vida da mulher de transição para o período não reprodutivo.
Quando a menstruação começa a falhar e surgem alguns sintomas como as ondas de calor, irritabilidade, ressecamento vaginal, dentre outros, o médico poderá realizar uma avaliação e ajudar a melhorar esses sintomas.
O nosso dever como ginecologista é oferecer a melhor qualidade de vida possível para as mulheres em todas as fases da vida.
Em nosso artigo você vai ter mais informações e dicas importantes sobre o climatério e a menopausa.
Afinal, o que é menopausa?
A menopausa nada mais é do que o nome dado a última menstruação da mulher, isso geralmente acontece entre os 45 e 55 anos. No entanto, a “ última menstruação” só pode ser chamada de menopausa após um ano desse último fluxo menstrual.
Quando acontece a parada da menstruação, o corpo da mulher está avisando que não há mais óvulos, por isso a menopausa também marca o fim da fase reprodutiva.
Se a menopausa ocorre antes de 40 anos de idade ela é chamada de precoce, e tardia quando acontece após os 55 anos.
Menopausa x climatério
Diferente do que muita gente pensa, menopausa não tem o mesmo significado que climatério. Como vimos, a menopausa é uma data, ou seja, é a última menstruação da mulher. Já o climatério é o período fisiológico da vida da mulher, que compreende a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo. Esse período é variável em duração e sintomas, e ocorre, em geral, entre 40 e 65 anos de idade.
O climatério pode começar por volta dos 40 anos com os primeiros indícios de falência ovariana, como irregularidade menstrual e mudanças físicas e emocionais. Tudo isso por conta da diminuição dos hormônios femininos produzidos pelos folículos ovarianos, que estão se esgotando.
Assim, se estão acabando os folículos, então em um momento próximo essa mulher não terá como engravidar, e os hormônios, principalmente o estradiol, irá diminuir bastante, podendo originar os sintomas associados ao climatério.
Principais sinas e sintomas
No climatério, a duração e a intensidade dos sintomas variam muito de uma mulher para outra. Os sintomas mais comuns nesse período, são:
- Ciclo menstrual irregular, podendo haver alteração na quantidade e duração do fluxo menstrual;
- Fogachos,
que são ondas de calor que sobem em direção ao rosto, por vezes acompanhadas de
rubor facial, que dura de 1 a 3 minutos, e pode acontecer várias vezes ao dia;
- Ressecamento e ardência genital, diminuição da lubrificação vaginal e desconforto durante as relações sexuais;
- Pode haver também sintomas urinários, como desconforto ao urinar, perda involuntária de urina que vem acompanhada de um desejo intenso de urinar e até mesmo infecções urinárias de repetição.
- Diminuição
da libido;
- Perda
de massa óssea, levando à osteopenia e até osteoporose, com risco de fraturas;
- Outros
sintomas como irritabilidade, depressão, insônia, perda de memória e mudanças
de humor, dentre outros.
Lembrando mais uma vez, que nem todas as mulheres vão apresentar todos esses sintomas listados. Algumas mulheres começam a perceber um ou outro e por isso a orientação médica é tão importante.
Com um ginecologista de confiança, orientações acerca dos sintomas da menopausa e do climatério, fazem com que a mulher passe por essa fase com maior qualidade de vida, sem precisar mudar sua rotina.
Exames preventivos
O ginecologista deve ser procurado uma vez ao ano (ou mais, a depender de cada caso). O profissional vai realizar exames imprescindíveis para as mulheres que estão nesse período.
Entre esses exames, podemos destacar:
- Exame
físico: Realizado em consultório pelo ginecologista; - Mamografia:
Para prevenção de câncer de mama; - Papanicolaou:
Prevenção de câncer do colo do útero; - Exames
de sangue: O foco está na análise do colesterol, triglicerídeos e glicemia.
Além disso, pode-se verificar a função renal, hepática, dosagem de hormônios da
tireoide, vitamina D e outros que forem necessários de acordo com a avaliação; - Densitometria
óssea; - Pesquisa
de sangue oculto nas fezes ou colonoscopia para o rastreamento do câncer
colorretal; - Ultrassonografia
pélvica se necessário.
Com o acompanhamento médico regular, hábitos saudáveis e a realização dos exames necessários, prevenir o aumento de doenças no climatério, como doenças cardiovasculares, osteoporose e câncer, fica mais fácil.
Tratamentos durante o climatério para uma maior qualidade de vida
Para enfrentar as mudanças que ocorrem nesse período e os sintomas desagradáveis que podem surgir é importante:
- Manter uma alimentação saudável, rica em cálcio e vitamina D;
- Praticar exercícios físicos de forma regular, já que ajudam a melhorar o sistema cardiovascular, previnem a osteoporose e mantem o peso adequado;
- A prática da leitura e outros exercícios para o cérebro também são muito importantes nessa fase;
Para aliviar os fogachos e outros sintomas que tanto prejudicam a qualidade de vida no climatério, a Terapia Hormonal (TH) é um tratamento recomendado e muito efetivo.
Há algumas contraindicações para a Terapia Hormonal, como: câncer de mama, câncer de endométrio, doença hepática grave, sangramento vaginal que não se sabe a causa, história de eventos tromboembólicos, porfiria. Portanto, é essencial consultar um ginecologista que irá avaliar o histórico da mulher e indicar o tratamento mais adequado.
O estrogênio vaginal, chamado de terapia hormonal tópica, alivia os sintomas de desconforto vaginal, podendo melhorar, por exemplo, a sensação de ressecamento vaginal, a dor durante a relação sexual e alguns sintomas urinários. São comumente usados cremes aplicados na vagina. Possuem ação predominantemente local, com efeitos sistêmicos ausentes ou muito reduzidos.
Existem também opções de tratamento não hormonais, como medicações antidepressivas e a gabapentina, que podem melhorar os fogachos e outros sintomas como irritabilidade, mudanças do humor. Esse é um tratamento indicado para mulheres que possuem contraindicações ao uso de terapia hormonal ou que não desejam o uso de hormônios;
Podem ser utilizadas ainda, medicações para tratar ou prevenir a osteoporose, dependendo da necessidade individual. Temos um artigo sobre osteoporose, confira aqui.
Ou seja, é possível passar por essa fase de forma saudável e segura, com qualidade de vida. Existem diversos tratamentos disponíveis para aliviar os sintomas que te incomodam, desde mudança do estilo de vida até terapias hormonais. Assim, o acompanhamento com o ginecologista de sua confiança é muito importante nesse período.
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