O câncer de mama é o que mais acomete as mulheres no Brasil (excluídos os tumores de pele não melanoma). Mas, essa doença pode ser curada, para isso, o diagnóstico precoce e agilidade no início do tratamento são essenciais. A mamografia é o melhor método para o diagnóstico, devendo ser realizada anualmente a partir dos 40 anos, segundo as recomendações das sociedades de ginecologia, mastologia e oncologia.
O acompanhamento regular com o Ginecologista tem um papel fundamental na saúde da mulher, ajudando a identificar, de forma precoce, vários tipos de doenças, inclusive câncer, que pode se manifestar em diversas regiões do corpo.
A prevenção do câncer de mama e de colo do útero, entre outros, é muito importante para a mulher. Prevenir e identificá-los, de forma precoce, aumenta drasticamente as chances de cura.
O ginecologista é o médico que cuida da saúde da mulher. Na maioria das vezes, a mulher tem um profissional de confiança que a acompanha por toda a vida. Um dos motivos que torna essa conduta excelente é que conhecer o histórico pessoal e familiar da paciente é fundamental para que haja mais chances de identificar e tratar diversos problemas mais rapidamente.
Por ser um profissional que está em contato frequente com suas pacientes, o médico ginecologista também é, por vezes, o especialista que identifica outras alterações não ginecológicas e orienta, prestando assistência integral à saúde da mulher.
Câncer de mama e do colo do útero
Dentre os locais mais comuns que o câncer pode aparecer, destacam-se as mamas e o colo do útero. Mas, o câncer ginecológico pode se manifestar também nos ovários, endométrio, trompas, vagina e vulva. Dentre os exames mais utilizados e comprovadamente eficazes para a prevenção podemos destacar dois:
Exame de Papanicolaou (Colpocitologia oncótica) para rastreamento
de câncer do colo uterino.
Mamografia com o objetivo de triagem e diagnóstico precoce do
câncer de mama.
O câncer de ovário e endométrio também merecem atenção. Para esses tipos de doença não existem exames de rastreamento.
O ginecologista também pode diagnosticar o câncer de intestino, ou câncer colorretal. Os exames de rastreamento que identificam esta patologia são:
- O exame de Pesquisa de Sangue Oculto nas Fezes: é um teste laboratorial, simples, que tem como objetivo detectar pequena quantidade de sangue nas fezes que normalmente não são vistos a olho nu.
- Colonoscopia: o exame mais importante e eficiente continua sendo a colonoscopia, que consegue visibilizar todo o cólon e reto, para prevenção ou até tratamento, uma vez que tumores pequenos, por exemplo, podem ser retirados durante esse exame. A partir dos 50 anos de idade, o médico inclui esse exame na rotina da paciente, mas pode solicitar antes, caso apareçam sinais ou sintomas que sugiram a possibilidade de câncer, quando há casos da doença na família ou outros fatores de risco.
Papanicolau e Mamografia – como funcionam?
Papanicolaou ou Exame Preventivo
O principal objetivo do exame de Papanicolaou é diagnosticar o câncer do colo do útero ou ainda outras lesões iniciais chamadas de precursoras, que se não tratadas, podem se transformar no câncer.
Para sua realização, o médico introduz no canal vaginal um pequeno aparelho (espéculo) que alcança o colo do útero e coleta o material por meio de uma leve fricção. Na sequência, esse material é preparado e encaminhado para análise. Esse é um exame rápido, simples, e recomenda-se repetir o exame anualmente, a mulheres que tenham iniciado sua vida sexual.
Alguns cuidados devem ser tomados para se efetuar uma coleta adequada e confiável: a mulher não deve ter relações sexuais nos dois dias anteriores ao exame; não utilizar duchas vaginais 48h antes do mesmo, não utilizar cremes vaginais nos 7 dias precedentes à coleta. E não é remendado no período menstrual, porque a presença de sangue pode prejudicar o resultado do exame.
As medidas para se evitar o surgimento do câncer do colo do útero estão relacionadas principalmente à prevenção no surgimento de lesões induzidas pelo HPV (Papilomavírus Humano). A infecção pelo vírus HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum do trato genital feminino, e é responsável por 99% dos casos de câncer de colo do útero. Assim, a vacinação, principalmente entre as mulheres até os 26 anos de idade, e os testes de rastreamento, sobretudo o Papanicolaou, são essenciais.
É importante ressaltar que uso de preservativo nas relações sexuais, um número restrito de parceiros e combater o tabagismo são também medidas preventivas.
Mamografia
O câncer de mama é um problema grave e representa o principal tipo de câncer na mulher. Essa doença atinge principalmente mulheres de 50 a 60 anos. No entanto, estudos mostram que no Brasil há uma concentração um pouco maior de casos entre 40 e 50 anos, em comparação à países europeus e norte-americanos.
Quanto maior o tumor, menor a possibilidade de curar. Se no momento do diagnóstico o mesmo tiver menos de 1 centímetro, as chances de cura chegam a 95%. Mas, existem tumores mais agressivos, mais difíceis de curar, e são mais comuns em mulheres jovens.
Por isso, a detecção precoce é uma estratégia fundamental na luta contra o câncer de mama, e o melhor método para esse diagnóstico é a mamografia, que deve ser realizada pelas mulheres em intervalos anuais a partir dos 40 anos. Para mulheres consideradas de risco elevado para câncer de mama (como história familiar da doença em parentes de 1°grau), recomenda-se a mamografia anualmente a partir dos 35 anos.
A mamografia é um tipo de radiografia feita por um aparelho especial de raios x, o mamógrafo, em que o exame pode detectar o câncer antes do aparecimento de sintomas como os nódulos, que podem ser identificados através do autoexame ou exame clínico das mamas pelo médico. Por isso, a mamografia é o melhor método para o diagnóstico da doença.
Para mulheres que sentem algo diferente nas mamas, o rastreamento não funciona, assim elas devem procurar o médico que solicitará o melhor exame, independentemente de sua idade.
Há vários fatores de risco para câncer de mama como por exemplo: idade avançada, histórico familiar, antecedente de alguma lesão de risco na mama (ex. hiperplasia atípica), ausência de filhos, primeira gravidez após os 30 anos, não ter amamentado, uso de hormônios após a menopausa, consumo de álcool, sedentarismo, obesidade.
O fator hereditário é responsável por cerca de 5% a 10% dos tumores da mama. As mutações mais frequentes são nos genes BRCA 1 e BRCA 2. Se uma mulher tem a mutação em um desses genes tem probabilidade de 70% de desenvolver as afecções malignas da mama. E é comum que esse tipo de câncer acometa mulheres mais jovens.
Esses tumores também ocorrem em homens. Cerca de 1% dos casos de câncer de mama são no sexo masculino.
Autoexame das mamas
O autoexame das mamas só é capaz de identificar o nódulo maior que 1cm. Pode ser empregado como método de rastreamento pela sua praticidade e ausência de custos. Deve ser rotineiramente realizado após os 25 anos.
O período ideal para sua realização é uma semana após a menstruação. Nas mulheres na pós- menopausa ou que retiraram o útero cirurgicamente, deve ser realizado uma vez por mês em dia determinado. Na presença de alguma anormalidade, deve-se procurar o médico.
Reforçando a orientação: “ Não deixe de procurar atendimento médico se você notar alterações mamárias, principalmente, nódulos, retrações do mamilo e saída de secreção do mamilo espontaneamente. ”
Lembre-se que você deve consultar um ginecologista de confiança pelo menos uma vez ao ano ou sempre que necessário. Se você desejar, pode visitar nossa página de contato e agendar uma consulta. Caso ainda tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco.